Característica:
Autora: Cecelia Ahern
Editora: Relume Dumará
Edição: 2006
Idioma: Português
Páginas: 384
Comentário:
Bom, o que posso dizer desse
livro? Demais, emocionante, genial... E teria diversos outros bons adjetivos, também não é nada mais, nada menos do que mais uma das obras de Cecelia Ahern,
a que escreveu o livro PS. EU TE AMO, que alcançou o 1º lugar como best-seller
na Irlanda por 19 semanas e inspirou ao filme com o mesmo título do livro.
Primeiramente, irei falar da
forma de escrita dele. Nada de diálogos com os ‘famosos’ travessões, apenas
bilhetes, cartas, e-mails, mensagens instantâneas e chamadas telefônicas. De
início fui pega de surpresa com essa forma de narrar, mas a estória por trás
disso, supera qualquer sensação de desconforto acerca dessa novidade.
O livro nos relata a amizade
entre Rosie e Alex, desde a infância, na adolescência e ao longo do
amadurecimento de ambos. No desenrolar da estória a gente percebe que os dois
foram feitos um para o outro, mas como sempre, o destino – muitas vezes volátil,
infiel e cruel – prega peça na vida dos dois e coloca empecilhos para que essa
forte, e algumas vezes conturbada amizade, derive em algo mais. Primeiro uma
viagem que deixam os amigos separados por um oceano, depois um fato que marcará
para a sempre a vida de Rosie, novidades acerca da vida pessoal e profissional de
Alex, e outras coisas mais...
O mais interessante é a forma
como a autora prende nossa atenção e provoca nossas emoções, é a descoberta dos
personagens quanto ao verdadeiro sentimento que possuem um pelo outro, que por
vezes e por conta das situações que ocorrem em suas vidas, fica difícil
descrever por suas cartas. O mais angustiante no enredo é vê-los tomarem
consciência desse sentimento mais profundo e ansiar para que um dos dois
renuncie ao medo e ao receio de assumir esse novo e maravilhoso sentimento.
Quando eu vi essa capa, o nome do livro e tomei
conhecimento de todo o conteúdo do mesmo, lembrei-me de uma deusa da mitologia
grega (estudo pelo qual sou apaixonada desde pirralha) Íris, que tinha por
tarefa a de ser mensageira dos deuses para os humanos, essa deusa deixava um
rastro multicolorido na forma de um Arco ao atravessar os céus. É claro, que
tudo isso é simbologia, mas no mesmo instante associei ao nome do
livro. Não sei se vocês perceberam, mas eu gosto de analisar capas, pois creio
que elas não são desenhadas sem um mero motivo. E caso tenham a oportunidade de
ler o livro, irão perceber que assim como a deusa tinha seu rastro desfeito
assim que findasse o trajeto da mensagem, o livro tem o seu final decisivo
desencadeado quando a última mensagem finda seu caminho. Enfim, esse parágrafo
só foi um lapso meu... Continuando...
Gente, eu perdi a conta de
quantas vezes chorei nesse livro. Foram tantos anos que se passaram apenas
descritos em cartas, bilhetes, etc, com tantos fatos felizes, tristes,
marcantes e decepcionantes. Foram tantas memórias absorvidas, tantas passagens
e textos que fazem a gente imergir por completo na estória, sentir o que sentem
os personagens, torcer por eles, imaginar-nos no lugar deles, atentar-nos a
algumas situações passadas até por nós mesmos em nossas vidas.
Sem sombra de dúvidas, um dos
melhores livros que eu li em toda a minha vida. Super emocionante. Super recomendado.
E a autora, com certeza, é uma das (senão A) minhas preferidas.
Espero mesmo que vocês leiam e
curtam!
Au revoir...