domingo, 11 de novembro de 2012

[Resenha] Cuco - Julia Crouch


Características:
Autora: Julia Crouch
Editora: Novo Conceito
Edição: 1/2012
Páginas: 464

"Seu primeiro erro foi convidá-la a entrar..."

Comentário:

Olá! Como havia prometido, hoje trago para vocês a resenha desse livro que foi nossa indicação dessa semana...

Bom, o livro relata a estória da Rose, uma boa esposa para Gareth e uma maravilhosa mãe para as pequenas Anna, de seis anos, e Flossie, um bebezinha, e que vive no seu melhor momento da vida, com uma bem cuidada e simpática família debaixo de uma casa dos seus sonhos.

Mas a tranquilidade e o conforto a que fica habituada são tirados aos poucos dela. Polly, uma amiga de infância com quem não se falava por seis meses, liga para ela informado sobre a morte do marido grego, que também é um grande amigo de Gareth. Assim Rose, sem o consentimento de Gareth, que não gosta de Polly, convida a amiga para passar um tempo em sua casa junto com seus dois impetuosos filhos.

E assim somos apresentados com maior profundidade aos personagens: Gareth, que vive apático aos anseios da mulher, sempre preso em seu estúdio, e que de início demonstra não gostar de Polly, mas aos poucos começa a pensar na possibilidade dela estender sua estadia em sua casa e ambos se tornam até mais próximos, demais até para o meu gosto; a Polly, uma ex-viciada e ex-cantora, meio gótica, que mostra que não é uma viúva como outra qualquer, e faz até a Rose duvidar de seu sofrimento pela perda de Christos, seu falecido marido; Simon, que aparece como um amigo e confidente de Rose; e a própria Rose, que de uma pessoa centrada, pacata e bem organizada, acaba perdendo o controle acerca de sua casa, seu marido e suas filhas, ao passo em que a amiga vai demonstrando aos poucos suas reais intenções e fazendo Rose perceber que ela não é quem ela pensava.

Bom, confesso que odiei o fato da Rose ter convidado a amiga para sua casa mesmo sem o marido querer. Nunca que eu faria algo do tipo, isso é um conselho básico para qualquer mulher: nunca, eu disse NUNCA, levem uma amiga para sua casa, seja ela quem e como for!

A Polly desde sua aparição nas cenas mostra-se uma personagem daquelas que você tem vontade de extinguir do seu caminho, daquelas pessoas que não passam confiança e de quem pode esperar qualquer coisa desagradável. E quando a Polly ainda insinuava revelar segredos que ela mantinha do passado de Rose, me dava uma raiva... Que espécie de amiga é essa?  Sinceramente, tive vontade de entrar na estória e sacudir a Rose pelos ombros e gritar: “Tira essa mulher de sua casa, agora!" E quanto a Polly, tive vontades de fazer coisas desagradáveis com ela, que nem é bom comentar aqui, e isso tudo por ter antipatizado tanto com ela.

Rose é uma baita de uma teimosa e espera as coisas ruins acontecerem para aceitar de fato que a sua querida, maravilhosa, inocente e coitada amiga, não é tão inocente e coitada assim, e muito menos uma querida amiga!

Eu gostei do livro. É um suspense eletrizante, que vai esquentando aos poucos. Cheio de mistérios, alguns deles não explicados, e revelações diante do passado de Rose que me deixaram boquiaberta. Mas o que me desagradou nesse livro foi o final, não que não tenha sido surpreendente, muito pelo contrário, foi algo tão pesado que eu fiquei estática por um tempo tentando absorver as linhas que havia lido. Não gostei muito apenas devido a minha implicância, porque diante do meu ‘amor’ por Polly esperava algo mais bárbaro relacionado a ela. Além disso, gosto de protagonistas rebeldes, daquelas que fazem e acontecem, e não das do estilo de Rose, que me irritou muitas vezes na narrativa por seu jeito pacato e bondoso de ser, para não dizer lerdo!

Mas, tirando minhas implicações a parte, o livro é muito bom. Recomendo sem receio algum.

Fica a dica!

Classificação do livro: