Características:
Autora: Julia Crouch
Editora: Novo Conceito
Edição: 1/2012
Páginas: 464
"Seu primeiro erro foi convidá-la a entrar..."
Comentário:
Autora: Julia Crouch
Editora: Novo Conceito
Edição: 1/2012
Páginas: 464
"Seu primeiro erro foi convidá-la a entrar..."
Comentário:
Olá! Como havia prometido, hoje trago para vocês a resenha desse livro que foi nossa indicação dessa semana...
Bom, o livro relata a estória da Rose,
uma boa esposa para Gareth e uma maravilhosa mãe para as pequenas Anna, de seis
anos, e Flossie, um bebezinha, e que vive no seu melhor momento da vida, com
uma bem cuidada e simpática família debaixo de uma casa dos seus sonhos.
Mas a tranquilidade e o conforto a que
fica habituada são tirados aos poucos dela. Polly, uma amiga de infância com quem
não se falava por seis meses, liga para ela informado sobre a morte do marido
grego, que também é um grande amigo de Gareth. Assim Rose, sem o consentimento
de Gareth, que não gosta de Polly, convida a amiga para passar um tempo em sua
casa junto com seus dois impetuosos filhos.
E assim somos
apresentados com maior profundidade aos personagens: Gareth, que vive apático
aos anseios da mulher, sempre preso em seu estúdio, e que de início demonstra não
gostar de Polly, mas aos poucos começa a pensar na possibilidade dela estender
sua estadia em sua casa e ambos se tornam até mais próximos, demais até para o meu gosto; a Polly, uma
ex-viciada e ex-cantora, meio gótica, que mostra que não é uma viúva como outra
qualquer, e faz até a Rose duvidar de seu sofrimento pela perda de Christos,
seu falecido marido; Simon, que aparece como um amigo e confidente de Rose; e a
própria Rose, que de uma pessoa centrada, pacata e bem organizada, acaba
perdendo o controle acerca de sua casa, seu marido e suas filhas, ao passo em
que a amiga vai demonstrando aos poucos suas reais intenções e fazendo Rose
perceber que ela não é quem ela pensava.
Bom, confesso que
odiei o fato da Rose ter convidado a amiga para sua casa mesmo sem o marido
querer. Nunca que eu faria algo do tipo, isso é um conselho básico para
qualquer mulher: nunca, eu disse NUNCA, levem uma amiga para sua casa, seja ela
quem e como for!
A Polly desde sua
aparição nas cenas mostra-se uma personagem daquelas que você tem vontade de
extinguir do seu caminho, daquelas pessoas que não passam confiança e de quem
pode esperar qualquer coisa desagradável. E quando a Polly ainda insinuava revelar segredos que ela mantinha do passado de Rose, me dava
uma raiva... Que espécie de amiga é essa? Sinceramente,
tive vontade de entrar na estória e sacudir a Rose pelos ombros e gritar: “Tira
essa mulher de sua casa, agora!" E quanto a Polly, tive vontades de fazer coisas
desagradáveis com ela, que nem é bom comentar aqui, e isso tudo por ter antipatizado tanto
com ela.
Rose é uma baita de
uma teimosa e espera as coisas ruins acontecerem para aceitar de fato que a sua
querida, maravilhosa, inocente e coitada amiga, não é tão inocente e coitada
assim, e muito menos uma querida amiga!
Eu gostei do livro. É
um suspense eletrizante, que vai esquentando aos poucos. Cheio de mistérios, alguns deles não explicados, e revelações diante do passado de Rose que me
deixaram boquiaberta. Mas o que me desagradou nesse livro foi o final, não que
não tenha sido surpreendente, muito pelo contrário, foi algo tão pesado que eu
fiquei estática por um tempo tentando absorver as linhas que havia lido. Não
gostei muito apenas devido a minha implicância, porque diante do meu ‘amor’ por
Polly esperava algo mais bárbaro relacionado a ela. Além disso, gosto de
protagonistas rebeldes, daquelas que fazem e acontecem, e não das do estilo de
Rose, que me irritou muitas vezes na narrativa por seu jeito pacato e bondoso
de ser, para não dizer lerdo!
Mas, tirando minhas
implicações a parte, o livro é muito bom. Recomendo sem receio algum.
Fica a dica!