quarta-feira, 21 de novembro de 2012

[Resenha] Perdida - Carina Rissi


Características:
Autora: Carina Rissi
Editora: Baraúna
Edição: 2011
Páginas: 472

Sinopse:

Sofia vive em uma metrópole e está habituada com a modernidade e as facilidades que isso lhe proporciona. Ela é independente e tem pavor à menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma complicada condição.
Após comprar um novo celular, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa.
Com a ajuda do prestativo Ian, Sofia embarca numa procura às cegas e acaba encontrando algumas pistas que talvez possam levá-la de volta para casa. O que ela não sabia era que seu coração tinha outros planos...

Comentários:

Bom, como posso iniciar a resenha sobre esse livro? Dizendo como o livro é muita massa, legal, envolvente? Acho que seria pouco. Não tenho ideia de como passar para vocês todo o emaranhado de sensações e emoções que senti lendo esse livro. Depois que iniciei o primeiro capítulo não consegui mais largar, peguei o livro à noite e terminei no dia seguinte. Estava devorando tudo, as conversas, os detalhes das cenas, cada gesto de cavalheirismo de Ian, as confusões e coisas engraçadas que ocorriam com a Sofia.

Mas vamos à estória: Sofia Alonzo é uma jovem de 24 anos, divertida, esperta, independente, e por vezes teimosa, com uma vida e trabalhos comuns, que foge de relacionamentos amorosos. Ela é apegada às facilidades que o mundo moderno oferece, e viciada em tecnologia, precisamente em seu celular, que por um descuido dela acaba caindo num vaso sanitário de um barzinho, onde havia se encontrado com sua única e melhor amiga Nina, que embora apareça em poucas cenas, também nos cativa.

Para comprar um novo aparelho que atenda às suas expectativas, ou seja, um daqueles que possuem todos os novos aparatos tecnológicos possíveis, Sofia (com sua mini-saia, sua regata e seu all-star vermelho) para em uma loja onde uma vendedora, a única da loja, oferece um modelo de aparelho ideal para ela, um que “tem coisas que talvez ela não queira, mas que possui tudo que ela precisa”. O problema é que quando sai da loja Sofia nota que há um defeito no celular, ele parece quebrado, custa a ligar, e quando acontece ela é transportada do ano de 2012 e vai parar em 1830, sim, 1830!

Lá ela é encontrada por Ian Clarke, aaahh, tenho que dá uma pausa aqui para descrever o que é o Ian! Para mim, sem receio algum de assumir isso, além de ser lindo, jovem, rico, másssculooo, atencioso, maduro, altruísta... *me abana* Ele é um dos homens mais gentis, mais meigos, mais apaixonantes que tive o prazer de conhecer em todo o mundo fictício... *sorriso bobo* Eu fiquei perdida agora, ah sim... O Ian ao encontrar Sofia a princípio se vê constrangido pelas vestes impróprias dela, e isso é apenas o início. O que posso afirmar para vocês é que o choque é tremendo e sentido por ambas as partes, principalmente para a Sofia no quesito banheiros, ou melhor, as “casinhas” (kkkkkk)! Além desses choques aos quais ela sofre e tenta se habituar, a pobre Sofia ainda tem que descobrir o que ela deve procurar (pois nem saber o que procurar, a coitada sabe), para que, só depois de encontrar o que procura, possa retornar ao seu século. Ela está, em todos os sentidos, realmente perdida!

Além de Ian, nós somos apresentados aos empregados super simpáticos dele, a algumas moças loucas para ‘traçar’ o Ian, e ainda à doce e encantadora Elisa, irmã de Ian, que nos cativa rapidamente com seu jeito incrível e meigo de ser (características hereditárias!).
Os personagens foram muito bem construídos, a Sofia então se mostra uma pessoa muito determinada ao passo em que tem que se adaptar a um tempo totalmente alheio ao dela, cheio de costumes, comportamentos e pensamentos distintos. A estória nos dá uma lição de respeito ao diferente, sem preconceitos, ao passo em que mesmo sendo de comportamentos e hábitos divergentes percebe-se a aceitação e até o fácil convívio entre a família Clarke e Sofia, além disso, nos dá uma lição de auto-conhecimento, onde para compreender realmente o que pode ser mais precioso e belo na vida de um ser humano, ou seja, o amor, Sofia necessita se afastar de objetos frívolos e modernos, que distorciam a sua noção de importância.
‘Sôf’ me agradou bastante, por ser uma jovem em que qualquer mulher pode se identificar, sejam por suas qualidades, ou até mesmo seus defeitos, e da forma como ela lida com eles.

Perdida tem tudo o que me agrada em um livro: romance, fantasia, um homem (novinho gente!) fofo *.*, uma personagem cativante, e diversão, muita diversão. É um livro de leitura fácil, envolvente, que te prende até a última linha da última página e te faz ansiar por mais. É um dos poucos livros que eu vejo em que a personagem ou características referentes a ela, que a identificam, como no caso o all-star vermelho em contraste com um dos vestidos da época usados por Sofia, são representadas fielmente na capa. Tudo a ver. Perfect! A capa é linda!

Além disso, a estória por ser narrada em primeira pessoa, pela visão da Sofia, nos proporciona enfrentar as mesmas dúvidas que ela, nos leva a compreender todas as atitudes dela, que foram super autênticas acerca de sua personalidade, e até experimentar alguns de seus sentimentos, tais como alegrias e tristezas, ao longo da narrativa. Não vou omitir que depois de tantas risadas e sorrisos bobos, me surpreendi com alguns fatos no livro e derramei muitas lágrimas. Mas o final compensou muito meu choro derramado, tanto que eu fiquei com gostinho de quero mais no final. :D

Não vi nenhuma crítica negativa para esse livro, quanto a sua estória, seu conteúdo, e sinceramente não vejo porquê ter. É um sinal, para aqueles que ainda não leram, que devem providenciar logo o seu. A história é muito boa e acompanhar Sofia em sua descoberta é divertido e estimulante!


Fica a dica!


Classificação do livro: