Características:
Autora: Carina Rissi
Editora: Baraúna
Edição: 2011
Páginas: 472
Autora: Carina Rissi
Editora: Baraúna
Edição: 2011
Páginas: 472
Sinopse:
Sofia vive em uma metrópole e está habituada com a
modernidade e as facilidades que isso lhe proporciona. Ela é independente e tem
pavor à menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são os que
os livros lhe proporcionam. Mas tudo isso muda depois que ela se vê em uma
complicada condição.
Após comprar um novo celular, algo misterioso
acontece e Sofia descobre que está perdida no século XIX, sem ter ideia de como
ou se voltará. Ela é acolhida pela família Clarke, enquanto tenta
desesperadamente encontrar um meio de voltar para casa.
Com a ajuda
do prestativo Ian, Sofia embarca numa procura às cegas e acaba encontrando
algumas pistas que talvez possam levá-la de volta para casa. O que ela não
sabia era que seu coração tinha outros planos...
Comentários:
Bom, como
posso iniciar a resenha sobre esse livro? Dizendo como o livro é muita massa,
legal, envolvente? Acho que seria pouco. Não tenho ideia de como passar para
vocês todo o emaranhado de sensações e emoções que senti lendo esse livro. Depois
que iniciei o primeiro capítulo não consegui mais largar, peguei o livro à
noite e terminei no dia seguinte. Estava devorando
tudo, as conversas, os detalhes das cenas, cada gesto de cavalheirismo de Ian, as
confusões e coisas engraçadas que ocorriam com a Sofia.
Mas vamos à estória: Sofia Alonzo é uma
jovem de 24 anos, divertida, esperta, independente, e por vezes teimosa, com
uma vida e trabalhos comuns, que foge de relacionamentos amorosos. Ela é apegada
às facilidades que o mundo moderno oferece, e viciada em tecnologia,
precisamente em seu celular, que por um descuido dela acaba caindo num vaso
sanitário de um barzinho, onde havia se encontrado com sua única e melhor amiga
Nina, que embora apareça em poucas cenas, também nos cativa.
Para
comprar um novo aparelho que atenda às suas expectativas, ou seja, um daqueles
que possuem todos os novos aparatos tecnológicos possíveis, Sofia (com sua mini-saia,
sua regata e seu all-star vermelho) para em uma loja onde uma vendedora, a
única da loja, oferece um modelo de aparelho ideal para ela, um que “tem coisas
que talvez ela não queira, mas que possui tudo que ela precisa”. O problema é
que quando sai da loja Sofia nota que há um defeito no celular, ele parece
quebrado, custa a ligar, e quando acontece ela é transportada do ano de 2012 e
vai parar em 1830, sim, 1830!
Lá ela é encontrada por Ian Clarke, aaahh, tenho
que dá uma pausa aqui para descrever o que é o Ian! Para mim, sem receio algum
de assumir isso, além de ser lindo, jovem, rico, másssculooo, atencioso,
maduro, altruísta... *me abana* Ele é um dos homens mais gentis, mais meigos, mais
apaixonantes que tive o prazer de conhecer em todo o mundo fictício... *sorriso
bobo* Eu fiquei perdida agora, ah sim... O Ian ao encontrar Sofia a princípio se
vê constrangido pelas vestes impróprias dela, e isso é apenas o início. O que
posso afirmar para vocês é que o choque é tremendo e sentido por ambas as
partes, principalmente para a Sofia no quesito banheiros, ou melhor, as “casinhas”
(kkkkkk)! Além desses choques aos quais ela sofre e tenta se habituar, a pobre
Sofia ainda tem que descobrir o que ela deve procurar (pois nem saber o que procurar,
a coitada sabe), para que, só depois de encontrar o que procura, possa retornar
ao seu século. Ela está, em todos os sentidos, realmente perdida!
Além de Ian, nós somos apresentados aos empregados
super simpáticos dele, a algumas moças loucas para ‘traçar’ o Ian, e ainda à
doce e encantadora Elisa, irmã de Ian, que nos cativa rapidamente com seu jeito
incrível e meigo de ser (características hereditárias!).
Os
personagens foram muito bem construídos, a Sofia então se mostra uma pessoa
muito determinada ao passo em que tem que se adaptar a um tempo totalmente
alheio ao dela, cheio de costumes, comportamentos e pensamentos distintos. A
estória nos dá uma lição de respeito ao diferente, sem preconceitos, ao passo em que mesmo sendo de
comportamentos e hábitos divergentes percebe-se a aceitação e até o fácil
convívio entre a família Clarke e Sofia, além disso, nos dá uma lição de auto-conhecimento,
onde para compreender realmente o que pode ser mais precioso e belo na vida de
um ser humano, ou seja, o amor, Sofia necessita se afastar de objetos frívolos
e modernos, que distorciam a sua noção de importância.
‘Sôf’ me
agradou bastante, por ser uma jovem em que qualquer mulher pode se identificar,
sejam por suas qualidades, ou até mesmo seus defeitos, e da forma como ela lida com eles.
Perdida tem tudo o que me agrada
em um livro: romance, fantasia, um homem (novinho gente!) fofo *.*, uma personagem cativante, e diversão,
muita diversão. É um livro de leitura fácil, envolvente, que te prende até a
última linha da última página e te faz ansiar por mais. É um dos poucos livros
que eu vejo em que a personagem ou características referentes a ela, que a
identificam, como no caso o all-star vermelho em contraste com um dos vestidos da época usados
por Sofia, são representadas fielmente na capa. Tudo a ver. Perfect!
A capa é linda!
Além disso, a estória por ser narrada em primeira pessoa, pela
visão da Sofia, nos proporciona enfrentar as mesmas dúvidas que ela, nos leva a
compreender todas as atitudes dela, que foram super autênticas acerca de sua
personalidade, e até experimentar alguns de seus sentimentos, tais como alegrias
e tristezas, ao longo da narrativa. Não vou omitir que depois de tantas
risadas e sorrisos bobos, me surpreendi com alguns fatos no livro e derramei
muitas lágrimas. Mas o final compensou muito meu choro derramado, tanto que eu
fiquei com gostinho de quero mais no final. :D
Não
vi nenhuma crítica negativa para esse livro, quanto a sua estória, seu conteúdo, e sinceramente não vejo porquê ter. É um sinal, para aqueles que ainda
não leram, que devem providenciar logo o seu. A história é muito boa e acompanhar Sofia
em sua descoberta é divertido e estimulante!
Fica a dica!