Autora: Dorothy Koomson
Editora: ARX
Páginas: 383
Edição: 2008
Sinopse:
Um romance comovente sobre o amor e a amizade, a generosidade e o perdão. Vítima de uma leucemia incurável, Adele Brannon chama ao hospital sua grande amiga Kamryn para lhe suplicar que adote sua filha Tegan, de cinco anos. Apenas as duas sabem que o pai da menina é Nate, o ex-noivo de Kamryn – motivo pelo qual haviam rompido relações alguns anos antes. Kamryn reluta, mas se vê obrigada a aceitar quando descobre que Tegan está sofrendo maus-tratos nas mãos de seus únicos parentes.
Ao assumir a garota, a segura e aparentemente inabalável executiva enfrenta dificuldades maiores do que poderia imaginar. Kamryn verá sua vida virar de ponta-cabeça, enfrentará toda sorte de preconceitos e travará uma enorme batalha até descobrir, pela convivência com uma criança, o verdadeiro sentido do perdão e do amor.
Comovente e delicado, A Filha da Minha Melhor Amiga é um mergulho na alma feminina, uma emocionante radiografia das relações afetivas entre homens e mulheres, entre país e filhos – e entre amigas.
Comentário:
Antes de começar a escrever essa resenha quero citar um fato que chamou minha atenção no livro, o fato da personagem principal ser negra. Foi o único livro que li em toda minha vida em que se dá isso, e daí me dei conta do quanto ainda, mesmo que implicitamente, alguns autores falham em associar apenas estereótipos europeus aos seus personagens, e isso ao meu ver é lamentável.
O livro é narrado em primeira pessoa, e divido entre as personagens Kamryn Matika e Adele Brannon, que faz umas duas ou três aparições na narrativa. Ele inicia com Adele Brannon, que está à beira da morte devido ao seu estágio avançado de leucemia, e internada num hospital, deseja garantir os cuidados futuros de sua filha Tegan, de apenas cinco anos. Para garantir isso Adele entra em contato com a única pessoa possível: Kamryn, sua amiga desde a faculdade, e que ela não mantinha contato há dois anos após uma separação causada por traição da parte de Adele e do ex noivo de Kam, Nathaniel, a qual rendeu como fruto a pequena Tegan.
Kamryn foge do que ocorreu no passado como um diabo corre da cruz e por isso se recusa a ver Adele, mas após receber um cartão de aniversário que na verdade continha uma pequena carta de Adele contando sobre seu quadro de saúde, ela se sensibiliza e vai visitar a ex amiga no hospital. Adele propõe à Kam que ela adote Tegan, o que de início Kamryn vê como um absurdo, impossível, mas ao encontrar o estado lamentável da garotinha na casa do avô materno e da madrasta de Adele, e descobrir os maus tratos que Tegan sofre assim como a mãe dela havia sofrido na infância e adolescência, Kam não pensa duas vezes e resolve tirar Tegan de lá.
No inicio, a relação entre as duas foi difícil, para Tegan devido ao seu pânico e seu abalo pelas agressões que sofria, e para Kam que não sabia como lidar com a criança e ainda sofria pelo fato de saber de quem ela era filha. E tudo parece ficar pior após a morte de Adele.
Ainda abalada pela morte de sua amiga, Kamryn recebe a noticia de que seu chefe Ted está de mudança para a Itália e que já haviam escolhido um substituto para ele, sem ao menos lhe dar uma chance de concorrer ao cargo. Ela conhece seu novo chefe, Luke Weisman, já com um pé atrás e cheia de conceitos definidos a respeito dele, e quando ela de fato nota o quanto ele é arrogante e ignorante, a convivência entre os dois no trabalho se torna bastante complicada.
Mas para o infortúnio de Kam, após ter abandonado Luke num jantar de trabalho para buscar Tegan, que ela havia esquecido, na escola, ele aparece em seu apartamento e conhece a pequena garota por quem ele se encanta, e a partir daí a presença de Luke torna-se constante devido a pedidos de Tegan. E o convívio entre Luke e Kam, que de início era um conflito, passa a se estreitar, torna-se harmonioso, cheio de cumplicidade e os fazem se apaixonar.
Até aí tudo bem, o problema começa quando Kam resolve concretizar a adoção de Tegan e para isso ela necessita voltar a se encontrar com Nate - Nathaniel -, contar-lhe que possui uma filha e pedir que abdique de seus direitos de pai e que conceda espontaneamente a guarda da pequena garota para Kam. O fato é que o contato com o ex noivo faz a relação entre Kamryn e Luke ficar abalada devido a insegurança do mesmo, e os sentimentos de Kam se tornarem confusos diante de dúvidas não esclarecidas do passado.
É um livro muito bom que fala do perdão, do amor incondicional e intenso que se pode ter por um filho mesmo que ele não seja de sangue, da superação de Kamryn quanto ao preconceito por criar uma menina branca, da amizade que pode iniciar quando ambos lados cedem a suas inibições e pré-conceitos quanto ao outro, e de como um amor entre um casal se constrói aos poucos. Enfim, é um livro emocionante.
Classificação do livro:


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